A Polícia Federal
pediu autorização do Supremo Tribunal Federal (STF)
para interrogar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
As informações
foram publicadas no site da revista Época e confirmadas pelo STF a EXAME.com.
O documento foi
enviado ao Supremo na última quarta-feira pelo delegado Josélio Azevedo de
Souza, que atua no caso em Brasília (DF).
O relatório cita
Lula como suspeito de ter se beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras
para obter vantagens pessoais, para o governo e para o PT. Porém, o
delegado pondera que, no entanto, não há provas que mostrem que Lula participou
diretamente do esquema de corrupção.
"Em razão da envergadura
do esquema de corrupção montado na Petrobras, acha [o ex-diretor da estatal,
Paulo Roberto Costa] muito pouco provável que tanto o ex-presidente Lula,
quanto Dilma Rousseff não tivessem conhecimento do mesmo", diz o
documento.
A publicação ainda
narra um depoimento em que o doleiro Alberto Youssef ressaltou que além da
presidência da Petrobras, o Palácio do Planalto também estava envolvido na
distribuição e repasses de propina.
"Indagado
quanto a quem se referia [...] ele esclarece que tanto a presidência da
República, a Casa Civil, Ministro de Minas e Energia, Lula, Gilberto Carvalho,
Ildeli Salvatti, Gleise Hoffman, Dilma Rousseff, Antonio Palocci, José Dirceu e
Edson Lobão, entre outros relacionados".
Apesar de o
ex-presidente não ter mais foro privilegiado, o pedido foi encaminhado ao STF,
provavelmente, por que envolve outros políticos que só podem ser investigados
pelo tribunal.
Para a Polícia
Federal, as investigações da operação Lava
Jato deixam claro que se trata de “um esquema de poder
político alimentado com vultuosos recursos da maior empresa do Brasil”.
O delegado também
teria pedido autorização para interrogar o presidente do PT, Rui Falcão, os
ex-presidentes da Petrobras José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, o
ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma Rousseff, José Filippi Jr.
Ao jornal Estado de
S. Paulo, o ex-presidente afirmou que não recebeu a requisição da Polícia
Federal para prestar depoimento.
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