sábado, 12 de setembro de 2015

Polícia Federal pede ao Supremo para interrogar Lula na Lava Jato

A Polícia Federal pediu autorização do Supremo Tribunal Federal (STF) para interrogar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
As informações foram publicadas no site da revista Época e confirmadas pelo STF a EXAME.com.
O documento foi enviado ao Supremo na última quarta-feira pelo delegado Josélio Azevedo de Souza, que atua no caso em Brasília (DF).
O relatório cita Lula como suspeito de ter se beneficiado do esquema de corrupção da Petrobras para obter vantagens pessoais, para o governo e para o PT.  Porém, o delegado pondera que, no entanto, não há provas que mostrem que Lula participou diretamente do esquema de corrupção.
"Em razão da envergadura do esquema de corrupção montado na Petrobras, acha [o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa] muito pouco provável que tanto o ex-presidente Lula, quanto Dilma Rousseff não tivessem conhecimento do mesmo", diz o documento.

A publicação ainda narra um depoimento em que o doleiro Alberto Youssef ressaltou que além da presidência da Petrobras, o Palácio do Planalto também estava envolvido na distribuição e repasses de propina.
"Indagado quanto a quem se referia [...] ele esclarece que tanto a presidência da República, a Casa Civil, Ministro de Minas e Energia, Lula, Gilberto Carvalho, Ildeli Salvatti, Gleise Hoffman, Dilma Rousseff, Antonio Palocci, José Dirceu e Edson Lobão, entre outros relacionados".
Apesar de o ex-presidente não ter mais foro privilegiado, o pedido foi encaminhado ao STF, provavelmente, por que envolve outros políticos que só podem ser investigados pelo tribunal.
Para a Polícia Federal, as investigações da operação Lava Jato deixam claro que se trata de “um esquema de poder político alimentado com vultuosos recursos da maior empresa do Brasil”.
 O delegado também teria pedido autorização para interrogar o presidente do PT, Rui Falcão, os ex-presidentes da Petrobras José Eduardo Dutra e José Sérgio Gabrielli, o ex-tesoureiro das campanhas de Lula e Dilma Rousseff, José Filippi Jr. 
Ao jornal Estado de S. Paulo, o ex-presidente afirmou que não recebeu a requisição da Polícia Federal para prestar depoimento. 



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